sábado, 5 de março de 2011

BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA: ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA

Com o decorrer dos anos em meio às cíclicas mudanças nas questões socioeconômica do país, o número de pessoas a procura de benefícios sociais via Previdência Social vem crescendo, isto está atrelado entre outros fatores por ser uma Política Publica. O processo contraditório para inserção do Beneficio de Prestação Continuada (BPC) garantidor da sobrevivência dos aludidos cidadãos e/ou de seus familiares que dele necessitam, por este beneficio ser de caráter universal que está disposto no Capitulo 1 art°.2 da Regulamentação e Lei Orgânica de Assistência Social sob n° 8.742/93. Contudo, há conflito nas interpretações, inquietações e mobilizações diversas, já que o seu discurso é perfeito para aqueles que estão na condição de Legislador, mas, para os que necessitam de uma renda mensal para sobreviver, na sua prática é bem diferente, pois, pleiteiam o beneficio na busca de uma forma de conquista como estratégia de sobrevivência. Com isso, o modelo neoliberal proposto na política do país, neste meandro há uma preocupação, na forma como a operacionalização dessas políticas vem enfrentando essa problemática.
Entretanto, valores individuais de competitividade proposto por uma sociedade desigual e discriminatória o resultado inevitável e evidente é a busca por benefícios, já que muito ao chegarem aos 65 anos não têm qualidade de beneficiário, e nem tem fonte de renda. Mas, a quem cabe está responsabilidade? Esclarecendo ao individuo esses direitos sociais. Analisando o tema supracitado proposto por esta pesquisa, observamos que realmente faz jus um levantamento detalhado, levando em consideração às peculiaridades e/ou vulnerabilidades. É nessa conjuntura que outro fator volta e meio e abordado pelos especialistas, o questionável alargamento demográfico da população idosa, a falta de especialização e/ou profissão ao chegar na velhice e não ter contribuído com a Previdência Social, gerando assim esta situação. Não obstante, trate-se de um componente que se manifesta, desde os anos de 1960, todavia, a sua dimensão vem sendo ignorada.

Segundo dados do (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -2010, e de também de acordo a (OMS) Organização Mundial da Saúde o Brasil, relata que há um veloz crescimento populacional. Com base no raciocínio desenvolvido até aqui, é que observamos um grande desafio. De acordo o supracitado Instituto, durante o ano de 2010, - 3,6 milhões de beneficiários do BPC receberam R$ 22 bilhões, vale a pena ressaltar que muitas mudanças neste programa foram consentidas, por conta do Programa do Governo Federal de combate à pobreza e à desigualdade.

Por conseguinte, a liberdade na busca por direitos e a igualdade com democracia, incorporando uma ideologia que tente explicar uma sociedade organizada, a partir dos Direitos Sociais propostos na Constituição Federal em forma de Políticas Publicas. Proporciona facilitar a leitura e a contribuição para amplitude necessária, tendo convicção dos anseios da sociedade e o compromisso dos direitos do governo e a efetivação das Políticas Publicas, como dever do Estado e direito de cidadania, de alcance socialmente transformador e inclusivo para essas famílias.

DIMENSÕES HISTÓRICAS DO SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO EDUCADOR

Como forma institucionalizada a cada dia vem se tornando importante, por conta de projetos de Lei, mas, se caracteriza junto ao individuo com desajuste social decorrente de estruturas sociais inadequadas, pois, o supracitado profissional enquanto educador, centralizada suas com o uso da dialética, nas expressões da questão social. O assistente social, nessa conjuntura assume então, a tarefa de contribuir para organização técnica da forma de atuação social, se definindo como interventor da realidade, junto aos entraves diários, com a finalidade de remoção das causas que impedem e/ou dificultam o desenvolvimento do individuo, grupo, comunidade ou população, ressaltando que não é referido como filantropia, nem auxilio permanente.

Sendo assim, refletindo um pouco sobre a compreensão do Serviço Social supõem indagar a identidade profissional, e suas conexões com a consciência em si e consciência para si, na qual irá conduzir a um percurso prefigurando a necessidade de clarificar o sentido real do Serviço Social enquanto educador a cada dia. Portanto, mais do que uma categoria existe uma dotação lógica e ontológica que pode ser analisada dialeticamente, a partir do viés da política e sócio histórico que constrói as tramas do Serviço Social.

Por conseguinte, é um privilégio para supracitada profissão a possibilidade de analisar os espaços ocupados pela mesma e o processo de mudança levando a superar os dilemas encontrados, com um esforço continuo para trazer uma face humanitária, desbloqueando a imagem assistencialista com estratégias que legitimam e empoderam os atores sociais envolvidos neste processo, visualizando os efeitos que transcende os limites da falência social e das formas assistencialistas que engendram as mesmas através do enfraquecimento dos freios sociais.

Assim, independente do contingente da demanda e sim pela lógica do sólido entendimento, a complexidade que paira sobre a categoria em questão no cenário social vem adquirindo credibilidade.