segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A importância da Doação de Órgãos e as ações do Assistente Social

A importância da Doação de Órgãos ajuda repensar a participação das famílias e da sociedade, esclarecendo as perspectivas a partir do momento, em que desvendamos significados.

Na contemporaneidade este conceito passou por diversas mudanças, nos tempos de outrora o corpo humano era praticamente intocável pós morte. Cultuado em alguns países das mais variadas formas,mas, com o advento da tecnologia as pesquisas contemplaram segredos do genoma mapeando o DNA. Chegando à conclusão que era possível retirar um órgão, tecido ou membro de um cadáver e aproveitá-lo em outro ser vivo.

Aqui no Brasil, há respaldo legal com base na lei 9.434 de 04 de fevereiro de 1997, com este dispositivo regulamentado há uma probabilidade de reduzirmos as filas de espera dos doentes que necessitam de um transplante para sobreviver.

A doação é um dos maiores ato de amor,a negativa da doação determinará seu destino, que também é a morte. Cinqüenta por cento dos candidatos a transplante cardíaco morrem na fila de espera no primeiro ano por falta de doações.

Todavia, ainda temos muito que evoluir, buscando a participação popular através da educação para que esta lei seja colocada em prática, diminuindo as filas do transplante. Neste contexto como o Serviço Social se caracteriza pelas particularidades institucionais e também pelas diversidades de paradigmas relacionados á natureza de seus conceitos, teorias e métodos de investigação e intervenção na realidade social. Com base neste entendimento é que estamos fomentando o enfoque na doação de órgãos e transplante, onde devemos tomar os cuidados necessários, considerando principalmente, os riscos para o mesmo não está atrelado à falta de humanização na área de saúde. JUNTOS PODEMOS!



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desigualdade Social e Pobreza: Contexto de vida e sobrevivência.

Mensagem principal: O objetivo desta pesquisa foi compreender como um jovem de 22 anos retrata sua condição de vida, as razões que explicam a desigualdade social e quais perspectivas para melhorias futuras. Os resultados mostram que a desigualdade social foi refletida a partir das suas próprias experiências, principalmente, pelas diferenças econômicas observadas em seu cotidiano. Sobre o futuro, limita-se aos aspectos imediatos da realidade. Para o participante, a conquista de uma vida melhor é uma tarefa complexa, devido às dificuldades econômicas que se impõem no dia a dia, e cabe ao sujeito supera-las por meio da ação individual, não necessariamente coletiva.

FILHO, Antonio Euzébio, GUZZO, Raquel Souza Lobo. Desigualdade Social e Pobreza: Contexto de vida e de Sobrevivência. Pontifica Universidade Católica de Campinas. Brasil. Psicologia & Sociedade; 21 (1): 35-44, 2009.

Palavras-chaves: Desigualdade Social; Pobreza; ideologia; relações Sociais.

O texto está fundamentado em um artigo desenvolvido para a conclusão de mestrado (Euzébio filho, 2007) tendo como base a entrevista com assistente social, uma psicóloga e dois pais de alunos de uma escola pública. Dentre os objetivos foram: conhecer como as pessoas se caracteriza enquanto membros de um segmento social e econômico; conhecer a visão dos sujeitos sobre as causas da desigualdade social, a quem eles atribuem às responsabilidades: a si próprios, aos indivíduos isoladamente, à sociedade ou uma conjunção de fatores; refletir sobre uma experiência marcante em que vivenciaram a desigualdade social no contexto de suas vidas e como pensam alternativas para a redução da desigualdade social. De acordo com a entrevista do participante foi analisada, a percepção sobre a desigualdade social quando se torna claro a questão da discriminação racial, as relações entre segmentos sociais distintos e as uma reflexões sobre experiências da vida. Essa relação entre segmento está na forma de como se dá o nosso dia-a-dia, ou seja, em nossas experiências e a visão sobre o pobre e a perspectiva sobre o futuro. Neste meandro, a ideologia reside na capacidade de conferir um sentido sobre algo ou sustentar uma relação de poder com o objetivo de fomentar entre classes. A abordagem metodológica foi realizada a partir da análise de informações com base no referencial da epistemologia qualitativa tendo como instrumento a entrevista. O contato com o participante foi por meio de um projeto de extensão financiado pelo CNPQ denominado “Risco e Proteção”. A caracterização do participante é um jovem negro com 22 anos, pai de uma criança e solteiro e mora no bairro popular, onde foi realizada a pesquisa. A percepção sobre a desigualdade social se torna evidente na questão da discriminação racial, porém as relações entre segmentos sociais fazem uma reflexão sobre experiências de vida, essa relação entre segmento está na forma de como se dá o nosso dia-a-dia, ou seja, em nossas experiências.

Desigualdade Social- Segundo FANON

Segundo "FANON" (1951) "a desiguladade social é fruto de mecanismos de dominação na formação da consciência do povo, que de certo modo é colonizado, destacando que o dominador sempre estara fazendo mais e mais dominados". Neste meandro, a ideologia reside na capacidade de conferir um sentido sobre algo ou sustentar uma relação de poder com o objetivo de fomentar entre as classes a correlação de forças presente. Este antagonismo é acentuado pelo racismo uma vez que o desigual para os neoliberais é preguiçoso, e isso remete a cor da pele, desta forma, introjeta a dominação refoçando como a desigualdade tem a capacidadede usar os dominadores para reforçar o estereótipo. É a verdadeira sessão de exorcismo, de um lado o opressor legitimando superioridade do outro lado o desigual buscando reparação e saindo da exclusão.